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Responsabilidades dos Condôminos

Falhas em portarias de condomínios ou empresas, comprometedoras da segurança, acontecem todo tempo, entretanto, de quem é a culpa?

Muitas vezes, a falha ocorre através dos funcionários, sejam porteiros, zeladores ou empregados dos próprios condôminos, devido a sua inexperiência, desleixo ou falta de instrução. Esta última, normalmente, é onde acontecem as maiores falhas, encabeçadas por atitudes dos próprios condôminos, ou proprietários (em caso de empresas) que vão de confronto com o bom senso e prevenção básica da segurança.


As mais comuns são de moradores que, ao sair, não verificam se o portão está realmente fechado, exigem a liberação de um visitante sem identificação, contrariando o determinado, não comunica sobre entregas, obras ou serviços, exigem que entreguem o seu jornal na porta, forçando o deslocamento do funcionário, deixando a portaria desatendida, etc. Todas estas atitudes comprometem a segurança do local e expõe a falhas contundentes, tornando-se facilmente percebidas pelos meliantes. Daí, para a ocorrência de um delito, passa a ser um atrativo, principalmente se o condomínio possui um status social atraente.

Para que isso não ocorra, procedimentos e regras devem ser estabelecidos e obedecidos por todos, porém, a responsabilidade de implantar esses procedimentos e cobrar sua obediência, está na administração. Muitos gestores pensam que ao implantar equipamentos de controle (circuito fechado, sensores de portão, alarmes, etc.) irão dar conta do recado. Ledo engano! Equipamentos são ferramentas auxiliares as quais, se utilizadas juntamente com os procedimentos, tornam o lugar mais seguro, pelo simples fato de possibilitar um alerta preventivo, possibilitando que o responsável aja em tempo hábil, prevenindo ou permitindo uma contra resposta, minimizando os danos conseqüentes.

Todavia, na maioria dos locais, se fossem estabelecido regras objetivas e preventivas, impreterivelmente escritas e divulgadas, sua eficácia, tornar-se-ia verdadeira prevenção da segurança patrimonial e dos que convivem naquele complexo, muitas vezes, sequer com a necessidade de equipamentos.

Freqüentemente, nos deparamos com falhas estruturais, de layout ou até construtivas que acabam corroborando com falhas primárias. No entanto, estas mesmas não são detectáveis pelo simples fato de que as pessoas não possuem conhecimento adequado, nem a experiência para sua verificação. Então o que fazem: chamam um instalador para a instalação de equipamentos. Estes possuem o conhecimento técnico em conectar os devidos aparelhos, mas não possuem o conhecimento analítico para verificação da solução do problema com eficiência. Resultam então com a aquisição da velha “sensação de segurança”, onde, na primeira ocorrência, deparam-se com um custo investido inadequadamente e sua ineficácia. Novamente, a maioria dos problemas recaem nas pessoas que comutam o local, provocando falhas básicas, onde nenhum equipamento auxiliaria na prevenção.

Se a porta já estava aberta, como o porteiro se defenderá do elemento surpresa? Se a causa da intrusão foi ocasionada pelo não cumprimento das regras, como o funcionário defenderá o local? Ele não anda armado, muito menos tem expertise no assunto, além dos próprios condôminos “exigirem” uma postura que muitas vezes é contrária a segurança de todos.

Concluindo, a solução está na importância de estabelecer desde o início, um manual ou estatuto de procedimentos a serem seguidos, além de prover um bom treinamento aos seus funcionários, apoiando-os quando houver transgressão, caso contrário, não adianta despedir o empregado e contratar outro que irá cometer os mesmos erros.


Mauro Nadruz – Administrador, Gestor de Segurança Pública e Privada e diretor da Activeguard (www.activeguard.com.br) possui certificação nacional CES e extensão universitária pela ADESG, sendo especialista em análise de riscos, projetos e tecnologia da segurança.




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